terça-feira, 9 de outubro de 2007

Porque temos necessidade de comunicar sobre o que comemos?

Entende-se por comunicação o intercâmbio de informação entre sujeitos, incluindo temas técnicos, biológicos e sociais; daí surge a questão da importância que a comunicação assume no campo da Nutrição.

Nos dias que correm a alimentação adquiriu um horizonte mais amplo, na medida em que não só pressupõe um processo inato de sobrevivência e prazer, mas ainda possui um papel de extrema importância na promoção de saúde e bem-estar, bem como no tratamento e prevenção de doenças de elevada prevalência na sociedade moderna (Ex: obesidade, Doenças Cardiovasculares, Diabetes, etc.). Para além deste papel fulcral da alimentação na saúde, surge, também, a crescente preocupação das sociedades com a estética e imagem corporal, segundo modelos estereotipados.

Assim sendo, a composição nutricional dos alimentos e os efeitos benéficos ou maléficos inerentes à sua ingestão passam a constituir o “segredo” da importância de comunicar sobre alimentação. No entanto, é importante atender à credibilidade das fontes de informação uma vez que sendo tão variadas (Ex: TV, rádio, revistas, internet…) e tão acessíveis podem suscitar informações duvidosas ou mesmo erróneas; cabe ao Nutricionista esclarecer e informar correctamente.

A forma como o Nutricionista comunica o seu pensamento e conhecimento aos receptores é muitas vezes completada e melhorada por sistemas simbólicos/códigos escritos (Ex: Tabela de Composição dos Alimentos, Roda dos Alimentos…), estando sujeitos à reinterpretação pelos receptores. Como tal, o Nutricionista deve ter especial atenção ao Público a que se dirige pois são vários os factores que interferem na assimilação da mensagem, tais como: grau de instrução, idade, hábitos alimentares, tradições, cultura, gostos, estado de saúde, factores económicos, sociais, políticos e religiosos.

Em suma, para comunicar sobre Nutrição é necessário que exista um conhecimento profundo das Ciências da Nutrição e Alimentação, bem como um espírito crítico face à informação existente e à forma como o receptor percepciona e interpreta a mensagem.

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