Documentário «THE TRUTH ABOUT FOOD»
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Acção de um Nutricionista
Intervenção da Nutricionista em que a sua acção influenciou positivamente a alimentação infantil!Tendo em conta que é difícil ter uma comunicação efectiva para com as crianças, gerando interesse e "conquistando-as" a desenvolver uma resposta comportamental de acordo com a intervenção.
Nutricionista como mediador da ciência...Imparcial ou não?
A ciência é fonte de conhecimento...
O conhecimento produzido por investigadores e profissionais de diferentes áreas tem objectivos como o de melhorar e produzir mais conhecimento para melhorar as decisões dos cientistas, promover e divulgar a fim de atingir um público alvo para que este tome melhores decisões baseadas num conhecimento mais fidedigno, influenciar o poder económico e político para que sejam tomadas melhores decisões e não utilizar a ciência como fonte de rivalidades.
No entanto, quem produz conhecimento não tem, necessariamente, que o divulgar. Assim o Nutricionista assume um papel crucial no que diz respeito à comunicação da ciência produzida por outros. Cabe-lhe a função de verificar a qualidade da informação, simplificar, descodificar e entusiasmar o público sobre a informação a ser transmitida. Em suma, o Nutricionista, como agente de informação, deve saber quem é o público alvo, como, onde e o que procurar.
A quantidade e variabilidade de informação existente é um factor importante para a dificultação da imparcialidade de um Nutricionista, contudo, esta imparcialidade não é de todo impossível para alguém que comunica a ciência já produzida, se este se resignar, apenas, a transmitir o conhecimento em causa. Por exemplo: o tempo de experiência profissional pode ser positivo ou negativo se, respectiva e obviamente, um profissional adquire bons ou maus hábitos. Isto porque, se por um lado se aprende e melhora a comunicação sobre tanta informação, por outro pode cair no hábito de transmitir opiniões pessoais que podem não ser consideradas cientificamente correctas.
Sendo o Nutricionista o transmissor de informação, é provável que facilmente influencie quer o conteúdo da ciência, alterando-o, quer o público alvo que parte do pressuposto que essa informação é uma verdade absoluta e científica. Por isso, o Nutricionista deve ter uma posição, perante decisões a tomar, ao mesmo tempo que consciente e responsável também científica. Por exemplo: numa pizzaria existe uma salada a promover; deve o Nutricionista promovê-la? Sendo um estabelecimento com alimentos, maioritariamente, não recomendados o Nutricionista não deveria promovê-la, por outro lado a salada é saudável…
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Corrente funcionalista
Esta corrente infere que o que comemos, hoje em dia, advém das experiências realizadas com os alimentos, pelos nossos antepassados, isto é, aqueles alimentos que nos deram maior probabilidade de sobrevivência continuaram a ser consumidos. Portanto, consumimos os produtos que nos trazem maior benefício, através do conhecimento funcional que temos deste.
Assim, comunicar sobre Nutrição baseia-se na função própria de cada alimento e das suas características nutricionais, alertando o público para as mesmas.
Corrente estruturalista
O estruturalismo procura explorar as inter-relações, as "estruturas", através das quais o significado é produzido dentro de uma cultura. Um estruturalista estuda actividades tão diversas como rituais de preparação e do servir de alimentos, rituais religiosos, jogos, textos literários e não-literários e outras formas de entretenimento para descobrir as profundas estruturas pelas quais o significado é produzido e reproduzido em uma cultura.
Esta corrente diz que o que comemos, hoje em dia, é inerente ao nosso ser social. Ou seja, a sociedade influencia as nossas escolhas individuais desde, por exemplo, o número de refeições diárias até ao tipo de alimentos consumidos nessas refeições. Por exemplo: um grupo de adolescentes, em que as suas escolhas alimentares são niveladas pelos seus elementos (aumento de consumo de refrigerantes, snacks calóricos, etc).
Assim, toda a comunicação sobre Nutrição está inserida num conceito social, que integra a Alimentação e o Pensamento sobre alimentação com as características sociais e culturais da população.
Corrente estruturalista VS Corrente funcionalista
Quando nos alimentamos não temos em conta, pelo menos conscientemente, do impacto da publicidade no nosso poder de escolha.
Verificam-se, hoje em dia, duas correntes que caracterizam o nosso consumo alimentar: Corrente estruturalista e Corrente funcionalista.
Apesar de serem duas correntes bastante distintas, na publicidade verifica-se, muitas vezes, um equilíbrio racional entre elas.
Dia Mundial da Alimentação
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Porque temos necessidade de comunicar sobre o que comemos?
Entende-se por comunicação o intercâmbio de informação entre sujeitos, incluindo temas técnicos, biológicos e sociais; daí surge a questão da importância que a comunicação assume no campo da Nutrição.
Nos dias que correm a alimentação adquiriu um horizonte mais amplo, na medida em que não só pressupõe um processo inato de sobrevivência e prazer, mas ainda possui um papel de extrema importância na promoção de saúde e bem-estar, bem como no tratamento e prevenção de doenças de elevada prevalência na sociedade moderna (Ex: obesidade, Doenças Cardiovasculares, Diabetes, etc.). Para além deste papel fulcral da alimentação na saúde, surge, também, a crescente preocupação das sociedades com a estética e imagem corporal, segundo modelos estereotipados.
Assim sendo, a composição nutricional dos alimentos e os efeitos benéficos ou maléficos inerentes à sua ingestão passam a constituir o “segredo” da importância de comunicar sobre alimentação. No entanto, é importante atender à credibilidade das fontes de informação uma vez que sendo tão variadas (Ex: TV, rádio, revistas, internet…) e tão acessíveis podem suscitar informações duvidosas ou mesmo erróneas; cabe ao Nutricionista esclarecer e informar correctamente.
A forma como o Nutricionista comunica o seu pensamento e conhecimento aos receptores é muitas vezes completada e melhorada por sistemas simbólicos/códigos escritos (Ex: Tabela de Composição dos Alimentos, Roda dos Alimentos…), estando sujeitos à reinterpretação pelos receptores. Como tal, o Nutricionista deve ter especial atenção ao Público a que se dirige pois são vários os factores que interferem na assimilação da mensagem, tais como: grau de instrução, idade, hábitos alimentares, tradições, cultura, gostos, estado de saúde, factores económicos, sociais, políticos e religiosos.
Em suma, para comunicar sobre Nutrição é necessário que exista um conhecimento profundo das Ciências da Nutrição e Alimentação, bem como um espírito crítico face à informação existente e à forma como o receptor percepciona e interpreta a mensagem.